O arquitecto | A linguagem arquitectónica


Os primeiros passos


Desde os 9 anos que parava nos passeios e ficava a observar os prédios, redesenhando as suas silhuetas com a ponta do dedo.

A arquitectura como elemento artístico resume-se, nos últimos anos, ao pós-modernismos e às amórficas formas, à materialidade de espaços como lugares de referência, ou mesmo como lugares. As formas mórficas de hoje em dia dos arquitectos contemporâneos não se resumem a uma funcionalidade do produto artístico a ser usado.

Os anos de glória da arquitectura são os anos em que o artista plástico tem o profundo impacto no desenho, quando o artista é a Ferramenta necessária à concepção do objecto, à sua ligação com o todo. O conceito é pensado como a arte de viver e não como em certos movimentos da arquitectura em que o lugar se transforma num não-lugar.



O pormenor estético:


O pormenor na concepção do objecto aparece através da selecção dos materiais plásticos do desenho funcional, do desenho funcional em relação com a estética pretendida no início do conceito.

Primeiro o conceito. Depois os materiais que definem o objecto até podem ser que nos de para reinventarmos.



Como se chega ao projecto?


O objecto desenvolve-se primeiro de um organicismo, dos espaços dispostos pela sua hierarquia, em espaços funcionais, depois o imaginário vai-se adaptando às convivências, desenhando-se os elementos necessários e os estéticos em harmonia como um todo. Das infra-estruturas, da insolação, morfologia vizinhança, construções na proximidade, paisagem, natureza, de modo a ter uma perfeita visualização de todo o espaço inerente, sendo que se vai jogando e brincando com a imaginação de tal modo que é ilimitada até chegar ao conceito que é o ponto-chave para se iniciar o projecto.



O equilíbrio:


Pessoalmente procuro o equilíbrio. Desenvolvo os projectos em volta de pontos fulcrais com o espaço exterior, com a historia, com o percurso que se estende pela mente humana. não basta explorar a funcionalidade inata sem explorar os 6 sentidos que o ser humana tem a seu dispor. as cores que vemos são reflexos de fotões, que se estendem em comprimento de onda, desenvolvendo a luz desde o c+eu azul até ao ser humano. compreender a sensibilidade da luz, das cores, jogando entre o frio, o quente, o neutro, desde a cor até à plasticidade dos materiais, é um jogo de equlibrios magnéticos com a vivencia proporcionada pelo arquitecto ao observador.

O desenvolvimento do equilibrio, parte em procura do observador, como centro de um filme, onde os nomes técnico nada substituem o jogo de columes, de linhas, da complexidade de vivencia tornada no mais simples objecto de contemplação da mente num unico espaço.





1 comentário:

Beijinhos de cor disse...

Manuel

Vi que passaste pelo meu cantinho e vim espreitar o teu.

Gostei muito. Escreves com palavras simples aquilo que parece complicado ao olhar.
Essa tua busca do equilíbrio, vê-se nos trabalhos que apresentas.

Vou voltar, porque gostei muito.

Um beijinho cheio de Pó de Estrela